quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Eu sou assim desse jeito

Vejamos uma instrução dos espíritos contida no Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo IX, item 10.

"Segundo a idéia falsíssima de que lhe não é possível reformar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de empregar esforços para se corrigir dos defeitos em que de boa vontade se compraz[...]"

Ainda nesse mesmo item 10:

[...] Compenetrai-vos, pois, de que o homem não se conserva vicioso, senão porque quer permanecer vicioso; de que aquele que queira corrigir-se sempre o pode. [...]

Resumindo: desculpas como: "você me conheceu assim", "eu sou assim mesmo", "pau que nasce torto, morre torto" e outras tantas nessa mesma linha são escusas de quem gosta do erro e se compraz nele.

Mesmo que ainda não tenhamos a possibilidade de nos vencer em grande parte de nossos erros, que pelo menos paremos de proferir construções verbais que sustentam o nosso desejo de permanecer no erro. Afinal, as palavras são as embaixadoras do nosso pensamento.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Espiritismo grande ou pequeno ?

Breve reflexão sobre a questão de ter um grande número de pessoas em centros e eventos espíritas...

No Livro Dos Médiuns, Questão 334, pode-se ler:

[...] A dificuldade, ainda grande, de reunir crescido número de elementos homogêneos deste ponto de vista, nos leva a dizer que, o interesse dos estudos e por bem da causa mesma, as reuniões espíritas devem tender antes à multiplicação de pequenos grupos, do que à constituição de grandes aglomerações [...]

Sem falar que a capilaridade dos centros tem as seguintes vantagens:

1- Maior penetração na sociedade
2- Dificultar o combate dos opositores (múltiplas frentes)
3- Possibilitar discrição para quem ainda tem receio de ingressar em casas espíritas
4- Dificultar o personalismo (sem grandes pastores ou guias)
5- Maior número de comunicações independentes...

E por aí vai...

E se é assim em relação a constituição dos centros. Podemos ter algum paralelo sobre a constituição dos eventos. Nesse raciocínio é melhor (mais eficiente) termos a multiplicação dos pequenos eventos do que a realização de eventos grandiosos. Em um exemplo, é melhor ter vários seminários pequenos em muitas cidades do que ter um grande congresso em uma única cidade. E esse desdobramento quanto ao espaço no mesmo tempo também pode ser refletido para um desdobramento de tempo em um mesmo espaço, isto é, considerando um local fixo, um centro por exemplo, é melhor fazer muitos pequenos eventos sobre um tema do que um único grande evento sobre o mesmo tema. A grandiosidade do evento não está no número de participantes, e sim no bem efetivo oriundo do mesmo.

OBS1: O parágrafo anterior contém interpretações pessoais com base na questão 334 do Livro dos Médiuns

OBS2: Nem sempre o possível é o ideal. Assim, enquanto não se pode ainda fazer o ideal, faz-se o possível.